Na indústria, alguns tipos de solda podem ter características diferentes. Mas a sua função principal é basicamente a mesma: unificar materiais e estruturas metálicas em uma única parte, proporcionando resistência e qualidade à peça final.
Nos últimos anos, esses mesmos processos de soldagem — que abordaremos com mais detalhes ao longo deste artigo — evoluíram significativamente, seja por meio de novas técnicas, seja por conta do advento de tecnologias e máquinas mais modernas.
E se você quer saber mais sobre os tipos de solda, suas principais características e aplicações, nós preparamos este post completo com dicas e informações sobre o assunto. Boa leitura!
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Como ocorre o processo de soldagem?
Dentro de uma visão mais técnica, o processo de soldagem, independentemente do tipo de solda ou método utilizado, visa basicamente a união entre dois materiais metálicos entre si.
Este processo se baseia em uma ação de forças em escala atômica, que são semelhantes às já existentes no material de origem. Dessa forma, pode-se usar o calor, chamado também de soldagem por fusão. Ou aplicar a deformação das partes a serem unificadas, nesse caso, conhecida como soldagem por pressão.
No primeiro exemplo, por fusão, há um aquecimento das partes do metal, a ponto de derreter o material e, assim, unificá-lo após o seu arrefecimento.
Já no segundo tipo, por pressão, apesar de também haver aquecimento das partes, a temperatura é inferior a uma soldagem por fusão, acarretando assim não no derretimento, mas em uma simples deformação do material, capaz de unir os materiais.
Quais os principais tipos de soldas?
Sabendo agora o conceito básico do processo de soldagem, na prática, podemos exemplificar os principais tipos de solda existentes na indústria e destacar algumas de suas características e recomendações de aplicação. Confira!
1 – Solda com eletrodo revestido
Entre os principais tipos de soldas, vale destacar o processo com eletrodo revestido, considerado um dos mais populares e fáceis de ser realizado.
Este processo é indicado, principalmente, para soldar aços. Porém, também pode ser aplicado a outros tipos de materiais metálicos na indústria em geral.
Em uma soldagem com eletrodo revestido, os componentes que formam o revestimento são triturados, misturados e dosados, formando assim uma massa homogênea.
Tal material é o que será conformado sobre varetas metálicas. Logo após a remoção de uma das extremidades, permitirá o contato elétrico com a ferramenta, que por sua vez, pode ter polaridade positiva ou negativa.
Em relação às ferramentas e máquinas de soldagem inerentes a este processo, estas podem variar desde pequenos transformadores até inversoras de solda.
2 – Solda MIG/MAG
Outro tipo de solda bastante comum na indústria é a chamada MIG/MAG. Esse processo também se caracteriza pela versatilidade e facilidade de aplicação em diferentes materiais e superfícies.
Com isso, é considerado um dos tipos de solda com melhor produtividade para a indústria em geral, com excelentes resultados para a junção de peças metálicas.
Por não precisar de um controle manual de alimentação do metal de fusão — neste caso, se utiliza apenas o arame — a soldagem ocorre de forma rápida, prática e pontual.
No que se refere à máquina de solda e ferramentas para o processo MIG/MAG, tornam-se necessárias fontes de energia elétrica, cilindros com mistura de gás, alimentador de arame, tocha e outros acessórios.
3 – Solda TIG
Outro destaque entre os principais tipos de solda é a chamada soldagem TIG. É um modelo de solda elétrica, com a aplicação de tungstênio na tocha e na peça ou superfície trabalhada.
A sigla vem do inglês Tungsten Inert Gas, ou na tradução literal, Gás Inerte de Tungstênio. Este tipo de soldagem consiste em um curto circuito devidamente controlado e provocado pelo arco elétrico.
Quanto aos utensílios necessários para este tipo de solda industrial, é preciso uma fonte inversora ou tiristorizada, tocha para soldagem TIG, eletrodo de tungstênio, mistura de gás, vareta com o material etc.
4 – Solda com arame tubular
Com o arame tubular é possível realizar um processo semelhante ao de soldagem MIG.
Na verdade, trata-se de um arame especial, que dispensa a utilização de gás para a solda. Isso ocorre tendo em vista que o material é autoprotegido, ou seja, ele é capaz de desenvolver a própria atmosfera, que servirá como proteção para a soldagem.
Este tipo de solda tem uma utilização bem ampla na indústria e apresenta excelente desempenho, resistência e agilidade na união de peças.
Além disso, por não usar nenhum tipo de gás, sua utilização passa a ser com arco elétrico, portanto, mais simples e prático de se fazer.
Pode ser realizado de forma manual, mas também pode ser completamente automatizado e robotizado por meio de ferramentas e máquinas de solda especiais.
5 – Solda com oxigás
Os tipos de solda que utilizam o chamado oxigás dependem de energia para gerar calor e, consequentemente, fundir o material metálico.
Nesse caso, a unificação das partes se dá pela fusão delas próprias, usando geralmente um metal de enchimento que se aquece pela ponta do maçarico.
Desse jeito, o metal fundido e o metal de enchimento misturam-se em um líquido e se unificam logo após o arrefecimento.
A solda com oxigás é aplicada em diferentes operações industriais, tais como consertos de peças e em superfícies mais finas e frágeis, já que possui um acabamento mais delicado.
Na prática, essa soldagem utiliza o acetileno no seu processo e apresenta uma taxa de propagação de chama alta e com temperaturas elevadas.
Em resumo, esses são os 5 tipos de solda mais utilizados na indústria e suas principais características, recomendações de uso, máquinas e ferramentas inerentes aos seus processos.
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